Aspetos da Cultura Cigana
Toda a criança é bem-vinda entre os ciganos.
A preferência é dos filhos homens, para dar continuidade ao nome da família.
Após o parto a mulher cigana é considerada impura durante os 40 dias de resguardo.
Quando nasce a criança, o seu primeiro banho é dado numa bacia de cobre, e dentro é colocado vinho com água de rio, flor branca, moedas de ouro e jóias – que servirão para trazer riqueza e sorte para a criança.
O mais velho do clã prepara um pão e um vinho para oferecer às três "fadas do destino", que visitarão a criança no terceiro dia para designar sua sorte.
No dia seguinte, o pão e o vinho serão repartidos com os demais do grupo, principalmente as outras crianças, para atrair proteção e prosperidade.
Para espantar os maus espíritos, a criança recebe um patuá com uma cruz bordada e com incenso.
O batismo é feito por qualquer membro do grupo e consiste em benzer o recém-nascido com água, sal e um galho verde.
A mulher estéril é considerada inútil. A esterelidade é um fato que desagrada muito ao cigano.
O nascimento de uma criança é muito importante para a tribo, quanto mais filhos tiverem mais a tribo se torna poderosa, já que os filhos servirão de defesa dos pais e amparo às mulheres.
A criança não deve nascer dentro da tenda. Se isto acontecer todos os objetos que tiveram contato com ele, ficarão fora de uso, pois ela está marimé ou merimé (pagã).
A mulher grávida não poderá ver pessoas defeituosas, ouvir conversas sobre morte, cemitério, violência etc., pois poderá afetar o bebê.
Só depois do 6º mês é que poderá armar a cama do ciganinho e arrumar as suas coisas, pois antes disso traz azar.
O cigano a princípio tem 3 nomes:
- O nome secreto só de conhecimento da mãe.
- O nome de batismo que só é do conhecimento da tribo.
- O nome de batismo católico que é conhecido dos gadje.
Costumam escolher como padrinhos para batizar o bebê os gadje, os ricos comerciantes, pessoas influentes com o objetivo de obterem dinheiro, favores, aceitação e proteção na sociedade não cigana.